"Àquele que está assentado no trono e ao Cordeiro sejam o louvor, a honra, a glória e o poder, para todo o sempre!" (Apocalipse 5.13)

 

     Na visão de João o Cordeiro agora passa a agir. Ele se aproxima daquele que está assentado no trono e recebe o rolo de sua mão direita. A este sinal, os quatro seres viventes e os vinte quatro anciãos se prostram diante do Cordeiro e cantam um cântico novo, declarando que ele é digno de tomar o rolo e de abrir seus selos, não por causa da criação, mas por causa da redenção.

                   "Pois foste morto,

                    e com teu sangue compraste para Deus

                    gente de toda tribo, língua, povo e nação.

                    Tu os constituíste reino e sacerdotes para o nosso Deus,

                    e eles reinarão sobre a terra"

                    Apocalipse 5.9-10

     A seguir, milhões de anjos juntam-se a eles, proclamando que o Cordeiro que foi morto é digno de receber sete bênçãos, uma vez que todo o poder e sabedoria devem ser atribuidos a ele. Depois João ouviu todas as criaturas da todo o universo dando glória e honra ao Cordeiro (v.13). Os quatro seres viventes endossam a adoração com seu amém e os vinte e quatro anciãos se prostram e adoram.

     Esta é uma visão magnífica de toda a criação prostrada diante de Deus e de Cristo. É vedadeiramente impressionante que o Cordeiro seja equiparado ao ocupante do trono, partilhando-o com ele e recebendo igual louvor.

     Se perguntarmos por que só Jesus pode explicar a história, a resposta é: "Porque ele foi morto". Por meio da cruz ele venceu o mal, resgatou-nos para Deus, sofreu como sofremos e foi um exemplo evidente do poder que se manifesta na fraqueza - ele é o Cordeiro sobre o trono.

 

                                                                                                        John Stott

SERES HUMANOS PARECIDOS COM DEUS

     "Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou" (Gênesis 1.27)

     O clímax da atividade criativa de Deus foi o aparecimento dos seres humanos, e a forma com Gênesis expressa esse clímax é descrevendo-os como tendo sido criados "à imagem de Deus". Porém, os estudiosos não conseguem chegar a um consenso em relação ao significado da imagem divina dos seres humanos.

     Alguns consideram que ela significa que os seres humanos são representantes de Deus, exercendo domínio sobre o restante da criação em seu lugar. Outros concluem que a imagem de Deus se refere ao relacionamento especial estabelecido entre Deus e os homens. Mas, se observarmos esta expressão tanto no contexto imediato de Gênesis quanto na perspectiva mas abrangente das Escrituras, parece ficar claro que ela se refere a todos aquelas qualidades ou capacidades humanas que nos diferenciam dos animais e nos aproximam de Deus. Quais são essas qualidades?

     A primeira delas é que, comos seres humanos, somos racionais e temos consciências de nós mesmos.

     A segunda é que somos seres morais, temos uma consciência que nos conclama a fazer o que percebemos como certo.

     A terceira é que somos criativos, tal como o nosso Criador, capazes de apreciar aquilo que é belo aos ouvidos e aos olhos.

     A quarta é que somos seres sociais, capazes de estabelecer com outras pessoas relacioamentos verdadeiros de amor, pois Deus é amor e, ao nos fazer à sua imagem, ele nos deu a capacidade espiritual que nos faz sentir fome de Deus. Assim, somos os únicos seres capazes de pensar, escolher, criar, amar e adorar.

     Infelizmente, precisamos acrescentar que a imagem de Deus em nós foi desfigurada, do mesmo modo uqe nossa humanidade foi contaminada pelo egocentrismo. A imagem de Deus, no entanto, não foi destruída. Pelo contrário, tanto o Antigo Testamento quanto o Novo Testamento afirmam que os seres humanos ainda carregam em si a imagem de Deus e por essa razão devemos respeitá-los. O caráter sagrado da vida humana se origina do valor que decorre da imagem de Deus (Gn 9.6). Os seres humanos são seres parecidos com Deus. Eles merecem ser amados e servidos.

 

                                                                                                                    John Stott



SENTIR E PENSAR O SOFRIMENTO É VIVER

     "Penso, logo existo". Essa famosa frase de René Descartes tem uma verdade, se pensamos é porque estamos vivos.

     Agnes Heller diz que "as fundamentais necessidades do ser humano é se relacionar e nessa relação pensar, sentir e agir". Segundo Heller, quando agimos sem pensar e sem sentir, entramos num estado de robotização. A robotização é marcada por ações alienadas, automatizadas, desintegradas do pensar e sentir. Isso é muito comum hoje devido à vida corrida que levamos. Ação sem reflexão é vida robotizada. Essa vida nos torna apáticos, passivos, congelados emocionalmente, sentimentos de impotência e angústia tomam conta de nós.

     Acredito que podemos dizer que "sofro, logo existo". O sofrimento quando não pensado nem sentido pode nos levar a uma vida robotizada, pois, vamos acumulando sofrimentos e nossas ações passam a ser não pensadas nem sentidas por medo de sofrer mais.

     Jó foi um homem, segundo a Bíblia Sagrada, que não apenas sentiu mas pensou seu sofrimento.  Ele fez muitas perguntas para Deus. Ele refletiu do porque estava sofrendo. Ao fazer isso ele integrou o seu momento de vida como parte de sua existência e isso livra Jó da robotização da vida, e mais, isso dá a Jó a capacidade de se alegrar com coisas boas que apareceram em meio e após o sofrimento. Pessoas cristalizadas pelo sofrimento não conseguem sentir e nem pensar as coisas boas. O sofrimento precisa ser sentido e pensado, do contrário, nossas ações a partir do sofrimento podem nos endurecer. Quem sente e pensa vive, ainda que seja sentir e pensar o sofrimento, ele é parte da vida.

     Jesus nos ensinou muito bem o que signfica sentir e pensar o sofrimento. Ele viveu totalmente consciente da sua condição humana passível de dores, mas quando o Pai abriu as portas da ressurreição para Ele, estava livre para entrar pois do outro lado estava o seu Pai, aquele que esteve com Ele em todo sofrimento.

     Tenho participado da vida de pessoas que estão sofrendo, que Deus conceda a elas viver suas dores para que a porta da vida quando for aberta elas possam estar livres para entrar em confiança, e do outro lado encontrar o Deus que saberão, sempre está conosco.

 

Deus abençoe

Pr. Vanderlei      

EU AMO MINHA IGREJA

     Eu amo minha igreja!
     Na minha igreja existem pessoas lutando com vícios, emocionalmente inconstantes, fracas e sofrendo as consequências de uma vida emocional doentia. Lá existem pais que não sabem o que falar ou fazer com seus filhos. Cônjuges que precisam de transformações relacionais pois o casamento está a beira da destruição. Filhos desobedientes e distantes dos seus pais. Também tem pessoas com sérios problemas financeiros. Jovens com dúvidas e buscando fugas naquilo que destrói suas mentes e físico. Na minha igreja tem gente enferma e sofrendo. Gente de coração duro. Gente imperfeita e mesquinha. Lá na minha igreja tem até um pastor que também erra, acredita?

     Acho que é por isso que amo tanto a minha igreja, pois Jesus disse:

"Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes..."

(Marcos 2.17)

 

      Amo minha igreja, pois nela tem gente com todas aquelas dificuldades, mas gente que se reconhece assim, gente que descobriu que se Jesus não cura-las elas continuarão a andar pela vida daquele jeito e não encontrarão felicidade verdadeira. Gente que tem entendido que Jesus veio, e o que fez quando veio foi exatamente para elas.
     Amo minha igreja pois nela todas essas pessoas são bem vindas, amadas e cuidadas. Nela desejamos que o amor de Deus demonstrado na cruz seja derramado sobre todos nós, desde as crianças até os mais velhos. Desejamos que todos sejam curados e transformados, e embora essa cura e essa transformação não aconteça no tempo que gostaríamos, continuamos juntos, agarrados às mãos do nosso médico Jesus, que cura a "enfermidade" e cuida do doente.
     Eu amo minha igreja!

Pr. Vanderlei

   

    

Eu sou...

     Alguns podem dizer que só estou interessado em coisas grandes, mas esse não é o caso. Eu amo a mentirinha. Eu encorajo o segundo olhar para aquela garota. Eu espero que você tome aquele gole a mais. Ceder um pouquinho, as vezes é tudo o que eu preciso.

     Eu celebro a diversidade, homem, mulher, branco, negro, jovem, velho, rico, pobre, eu não ligo, eu quero a todos igualmente.

     Quanto mais jovem for, mas rápido nos tornamos amigos. Quanto mais velho você fica, mais truques eu tenho. Quanto mais ingênuo você permanecer, mais facilmente eu trapaceio. Quanto mais esperto você é, mais sorrateiro eu me torno. Quanto mais forte você fica, mais eu ataco.

     Não sou tão fácil de se ver, mas isso não significa que não estou sempre ao seu redor. Eu estou em cada esquina. Estou na sua casa. Estou no seu trabalho. Talvez na sua igreja. Mas você não precisa procurar por mim, porque eu encontrarei você.

     Silêncio...você não pode contar a ninguém sobre mim. Além do mais, temos algo bom entre nós, não? Você está preso, não há onde ir ou a quem recorrer. Você acha realmente que alguém poderia te perdoar? Não se preocupe, seu segredo está a salvo comigo.

     Eu sou legal, cheiro bem e sou linda. Assim que você acha que já teve demais de mim, eu te envolvo novamente. Acha que pode se livrar de mim? Não esteja tão certo.

     Sabe que sou? Eu sou o pecado.

                                                                                                                                        fonte: ignitermedia.com

 

 

     "Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo sujeito a esta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor...Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte. Porque, aquilo que a Lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado..." (Romanos 7.24-8.3).

 

     No próximo domingo iremos celebrar juntos a Santa Ceia no momento do culto, em memória dessa libertação nos oferecida por meio do corpo e do sangue de Jesus. Venha assentar-se à essa mesa e desfrutar da graça de Deus em Cristo Jesus.

     Jesus disse: Eu sou a VIDA!

 

Deus abençoe

Pr. Vanderlei

 

A OBSESSÃO PELO MELHOR

 

            Estamos obcecados com "o melhor". Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor". Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho. Bom não basta. O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor". Isso até que outro "melhor" apareça e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer.
          Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter. O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego. Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos. Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários. Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis.
          Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência? Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa?
          E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto? O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"? Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?
          Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixados ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos. A casa que é pequena, mas nos acolhe. O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito. O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos". As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar à chance de estar perto de quem amo... O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem. O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer. Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu? “Sofremos demais pelo pouco que nos falta e alegramo-nos pouco pelo muito que temos” (Shakespeare)


Leila Ferreira (jornalista mineira com mestrado em Letras e doutora em comunicação em Londres, que optou por viver uma vida mais simples, em Belo Horizonte)

Já ouvi falar...e já falei sobre ele....

     Mateus 4.1-11 fala de Jesus no deserto.

 

     Já ouvi falar sobre deserto e já falei sobre ele, mas preciso passar a você, das muitas que aprendi, uma lição, pois acabei de sair de um deserto.

     Estive nos últimos quatro meses mergulhado num deserto cheio de sentimentos e pensamentos que estavam me levando a agir conforme eles. O deserto é assim, ele lhe fazer pensar de forma seca, sentir de forma seca e agir de forma seca, na verdade você mesmo vai ficando seco e é preciso muito cuidado.

     Mas é necessário ficar alerta com outro fator que nos deparamos no deserto, satanás.

     Nos últimos meses ele me ofereceu saídas mágicas ("transforme pedras em pães"). Ofereceu-me oportunidades de pular e ver o que Deus faria ("joga-te daqui para baixo"). E me forneceu ocasiões para me dar coisas que entendia não possuir ("tudo isto te darei").

     Foi difícil suportar tudo isso, afinal eu não sou Jesus, o Filho de Deus. Mas suportei e saí dele. Por que? Porque Jesus passou por lá e a vida Dele está em mim. Quando? Quando me vi puramente sozinho entre Deus e o diabo, e pela graça de Jesus, fiz a opção por Deus.

     O mesmo Espírito que levou Jesus ao deserto estava com Ele e nesses meses esteve comigo.

     O deserto é tempo de oportunidade de encontrar Deus na hora da verdade. Sou grato a Deus, pois, na hora da verdade o encontrei e Ele estendeu sobre mim a sua misericórdia e pude então experimentar e comprovar a sua boa, perfeita e agradável vontade.

   

Deus abençoe

Pr. Vanderlei